segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Identidade visual: a comunicação entre a empresa e o cliente

“Marca é a soma intangível dos atributos de um produto; seu nome; embalagem e preço; sua história; reputação e maneira como ele é promovido. A marca é também definida pelas impressões dos consumidores sobre as pessoas que a usam; assim como pela sua própria experiência pessoal". [David Ogilvy]

... a identidade visual é um espaço reduzido e compacto que compreende vários conceitos, é a forma absoluta e sintética de representação . É uma correspondência figurativa, a marca pode identificar o “produto”, ou o “produto” pode remeter à marca. Algumas identidades visuais tornam-se ícones, como se marca e produto fizessem parte um do outro...

As identidades visuais expressam-se através de símbolos (desenho, marca), logotipos (letras) ou através da junção do nome com algum símbolo gráfico, a logomarca. É o elemento visual que identifica e diferencia de outros. Cada vez mais a logomarca basea-se em signos visuais e de design para uma boa visibilidade e reconhecimento no moderno e competitivo mercado. Uma logomarca bem feita representa de maneira clara ou subliminar a função de sua empresa.

"Marcas vencedoras não apresentam somente benefícios funcionais. Seu objetivo é criar também benefícios emocionais que levam a sua fidelização".

O primeiro passo para desenvolver uma identidade visual, é a criação do nome. Todo trabalho é baseado em uma apresentação detalhada sobre a empresa, o briefing. Os conceitos que serão passados para os clientes, a missão da empresa, os produtos ou serviços oferecidos, o posicionamento da mesma, se existe um diferencia a ser oferecido, os objetivos e estratégias de marketing, o público alvo, tudo é relevante para uma boa comunicação entre empresa e público.
Outro ponto bastante importante e que deve ficar claro na hora de criar uma identidade visual é a diferenciação de marca e produto. É bastante comum ouvirmos pessoas dizendo: "Preciso comprar um Bom-Bril" ao invés de simplesmente dizer: "Preciso comprar uma esponja de aço". Após alguns anos de propaganda e divulgação do produto as pessoas passam a incorporar a marca ao produto.
Outro ponto a ser levando em consideração, é a concorrência. Através dela pode-se perceber como o mercado enxerga a postura de uma determinada marca, como foi desenvolvida sua identidade visual e se é bem aceita. Além disso, pode-se encontrar qual será o diferencial e procurar expressar este na identidade visual da empresa.
Unindo todos esses elementos, definido o logotipo, o símbolo pode ser um elemento a mais para uma boa diferenciação e definição da logomarca. Mais do que chamar a atenção por suas formas e cores, as marcas, logotipos e logomarcas identificam e diferenciam sua empresa das demais.

Todas as características do produto são sempre ressaltas, e a credibilidade da marca é reafirmada pelo "garoto propaganda" da marca (desde muito sempre o mesmo) e outras celebridades.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A vez dos pequenos

Tal pai, tal filho, diz o ditado. Ainda hoje podemos tomar essa máxima popular como realizável? Sim. E não. No que diz respeito à escolhas, notamos duas vertentes no comportamento infantil: os pais são modelos em quem se espelhar e a existência do pensamento “acho que sou grande o suficiente para tomar minhas próprias decisões”.
Começando pela segunda perspectiva, é visto que as crianças de hoje nascem em um mundo diferente das gerações passadas, são totalmente ligadas à tecnologia e possuem facilidade de acesso à informação. De certa forma, esse estilo de vida contemporâneo desde muito cedo começa a moldar a personalidade dos pequenos. O que cerca o mundo deles é o que influencia sua maneira de agir e de vestir. Recebem influências, principalmente, desse mundo tecnológico e da mídia, com seus desenhos animados e ídolos, que se tornam referência de comportamento e estética. Por outro lado, é notável o poder que elas possuem de analisar e possuir um julgamento próprio para o que pode ou não ser bom para elas, a ponto de optarem por suas preferências, ou seguirem os conselhos dos pais. Nesse aspecto se encaixa a figura paterna/materna, forte o suficiente para transmitir uma imagem positiva, de segurança e confiança para as crianças. Quando há esse relacionamento com a imagem do pai ou da mãe, é que vemos, nos pequenos, o espelho das atitudes e elementos do visual paternal.
Com essas mudanças de comportamento, o foco da indústria indústria e do marketing passa diretamente para o público infantil, especialmente os jovens, que detêm um maior poder influenciador e de decisão, tanto quanto os próprios pais. Mas ao mesmo tempo há a preocupação com a opinião dos adultos, os pais que ainda escolhem pelo menores e são aqueles que possuem a decisão de compra.
Essa influência exercida pelos pais se reflete no vestuário infantil, nesse inverno, as tendências do mundo adulto se transformam em tendências para as peças infantis, representadas por cores, estampas e formas. A palavra-chave é versatilidade, aliada ao conforto que são características imprescindóveis para que o vestuário infantil seja usável, realista e prático. As peças são bem trabalhadas, impera a mistura de materiais e tecidos, criando a coexistência do étnico e do moderno. Os temas presentes no universo infantil são: Romance, Esporte e Étnico. Foco nas texturas, o jogo de sensações e experiências bastante exploradas nessa fase, detalhes artesanais e suaves, estampas étnicas, naturais, geométricas e desenhos animados, sobreposições e recortes.

sábado, 8 de agosto de 2009

Brasil em Paris

Gustavo Lins, foi o primeiro estilista brasileiro a ser convidado ao exclusivo círculo da Câmara de Alta Costura parisiense. Gustavo se apresenta desde 2008 na semana de alta-costura de Paris, suas criações desfilaram ao lado de grandes nomes da alta-costura: Chanel, Lacroix, Dior, Armani, Valentino, Gaultier.....
Mineiro e arquiteto por formação, Lins explicou que sempre esteve “interessado na arquitetura das peças do vestuário e pelo contato das peças com o corpo”. Foi em Paris que se formou como estilista, e construiu 17 anos de carreira trabalhando ao lado de grande nomes da moda, entre eles John Galliano. "Lá aprendi meu ofício de estilista, mas continuo sendo arquiteto na minha forma de pensar e construir, e o que me interessa é criar a idéia de movimento através das formas fixas", coloca o estilista.
Como referencial, Lins coloca a cultura da arte barroca mineira como ponto forte para ele. Ele transita entre a arquitetura, a moda e a arte contemporânea, passando de uma coisa a outra é que encontra suas referências. E complementa quando lhe questionam sobre a brasilidade de seu trabalho: "Eu me formei como estilista em Paris e aprendi o ofício trabalhando em Paris, o que faz com que minha forma de trabalhar e de pensar as peças de vestir seja parisiense. Mas sou brasileiro e em mim está a mistura. As pessoas me perguntam às vezes em que meu trabalho é brasileiro, porque não vêem nada brasileiro aqui. Eu respondo que isto é brasileiro porque eu misturo materiais inesperados, como a lã, a seda, o linho e o algodão e os pesponto até o fim, crio vínculos: isto é o Brasil, somos gente de origens diferentes que falamos a mesma língua, que temos os mesmos códigos de comportamento. O Brasil é isso, um 'melting pot' no qual toda essa gente tem que se entender".


Propostas para outono-inverno 2009