domingo, 26 de julho de 2009

Moda, Indumentária e Comunicação

Moda é uma forma de comunicação. Mas a moda poderia ser comparada à linguagem oral e escrita, já que as duas possuem a mesma função, a de comunição? Na linguagem, cada palavra já possui um significado. Como o significado se relaciona com a roupa?
Do ponto de vista da comunicação podemos interpretar dois sistemas de interação: o “processo” e o “semiótico”. A remessa e recebimento de mensagens, caracteriza o “processo”. O significado parte do remete. A indumentária é o meio pelo qual o transmissor difunde sua mensagem. Nesse movimento, envio e recebimento de mensagens, a comunicação pode ocorrer de forma falha. Dessa interação ocorrem mudanças, há um afetamento de comportamento recíproco, afetando principalmente o receptor, o qual pode interpretar de outra forma a mensagem do remetente.
O modelo semiótico, percebe o indivíduo numa interação social como pertencente a um grupo. Onde ocorrem a produção e a troca de significados através da comunicação, uma negociação de significados. Esse processo de significação depende da experiência cultural e expectativas de cada participante, o importante é o processo de troca, o significado é trazido como consequência da interação. O relevante são as diferentes possibilidades, não o significado como algo inteiramente pronto.
Associando esses conceitos à idéia da relação moda-comunicação, considerar a roupa como possuidora de um, e apenas um significado é falho. Pois, o usuário não se vestiria a fim de transmitir o significado da roupa, mas sim se transmitir através da indumentária. A roupa se apresenta como uma interação de significados, e não possuidora de um significado pré-estabelecido. É, sim, uma forma de comunicação que apresenta o significado como um fim.

sábado, 18 de julho de 2009

Arte Tecnológica


Telas não são mais trabalhadas apenas com pincéis e tintas. Pontos e vetores constroem as novas composições. Das telas do computador surgem as imagens, precisas, quase reais. A quase perfeição das linhas que os pintores do Realismo tentavam reproduzir. Chegamos a um novo movimento, o “Realismo Virtual”.
Linhas duras e rígidas transformam-se em traços suaves que inventam paisagens, objetos, pessoas. Reinventam um mundo enquadrado nos padrões das máquinas, mas uma esfera visualmente livre, sem horizontes. Novas dimensões para interagir, novos ângulos explorados, virados e revirados, em apena um clique. Quantas obras-de-arte não seriam destituidas de seu propósito com apenas um borrão? No mundo virtual existe o Ctrl+Z!
O Inglês Jason Brooks é um designer gráfico com estilo. Dono de um trabalho minucioso e preciso. Estilos de vida variados e o luxo predominam em suas composições, inspiradas em suas aventuras e viagens. Um dos primeiro no seu campo abraçar e popularizar a informática, se tornou muito bem sucedido, é um dos expoentes da ilustração de moda.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Beleza singular, um novo olhar

Cultura de massa, a era da massificação está sendo superada. Hoje, a diferenciação, a singularidade, e o eu, prevalecem. Bem-vindos à era do individualismo.
A beleza não está contida em nenhum esteriótipo montado, ela se encontra na singularidade. Somos desatentos de mais para prestar atenção ao que nos rodeia. E o medo de romper com os significados pré-estabelecidos é grande, pois é mais fácil e cômodo aceitar, e “compreender” o que já conhecemos e estamos familiarizados. Eis o por quê de pré-julgarmos as pessoas por sua aparência enquadrá-los em um esteriótipo. Estes processos ocorrem tanto consciente como insconscientemente em cada pessoa, são sistemas inatos à educação que recebemos da sociedade em que vivemos. Esta atitude facilita nosso contato com as pessoas, pois temos a enganosa impressão de conhecer com quem estamos lidando.
Abrir-se para o estranhamento, que seria a derrubada de barreiras e concepções pré-formadas, se torna difícil relevando a cultura que nos foi ensinada. Deixar-se seduzir por algo novo, eis o encantamento de descobrir novos arranjos estéticos.Cada ser possui um olhar sobre o belo, o feio, o certo e o errado, a isso, também, se atribui o nome de singularidade.
O homem acredita possuir o poder de tudo controlar, vivendo em uma lógica binária, onde só residem pares opositivos, como: o certo e errado, belo e feio. A queda destes conceitos seria o caos, a desordem, pois o ser não consegue coviver com a multiplicidade, aglutinar diferentes noções para estes conceitos. Porém, este caos é a semente para um novo pensamento, essa desordem que caracteriza o pensamento complexo, e não simplista ao qual estamos treinados para o cotidiano, supõe abertura para a aleatoriedade, transformações e novas relações. O estranhamento é a chave para a identificação da beleza singular.